sexta-feira, 27 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Dicas para fazer pós-graduação no exterior
Planejamento financeiro e pesquisa de cursos são fundamentais para fazer uma especialização fora do País
Marina Morena Costa, iG São Paulo
30/04/2011 06:27
Realizar uma especialização no exterior é um projeto que exige, antes dos estudos, bastante pesquisa e recursos financeiros. O ideal é planejar a experiência com pelo menos um ano de antecedência, pois os processos de inscrição e seleção podem demorar meses.
As universidades estrangeiras exigem exames de proficiência no idioma, cartas de recomendação, um texto pessoal e a descrição do projeto de pesquisa (exigido para cursos de mestrado de algumas universidades). Toda a documentação precisa ser redigida por um tradutor juramentado na língua do país da instituição.
Além das várias estapas burocráticas, os custos para fazer uma pós no exterior também assustam, embora existam várias oportunidades de bolsa para estudantes estrangeiros. Os interessados podem procurá-las sozinhos, entrando em contato diretamente com as universidades, ou procurar a assessoria de agências de intercâmbio educacional, como a STB e a Central de Intercâmbio, e órgãos oficiais como a Education USA e o British Council – instituições dos governos norte-americano e britânico, respectivamente.
Veja os principais passos para fazer uma pós no exterior:
1- Pesquise a universidade e o curso
O primeiro passo é escolher onde você quer estudar, o país, a instituição e o curso. Pesquise nos sites das universidades, mande e-mails pedindo mais informações sobre as formações e sobre as possibilidades de bolsa. Faça uma tabela com os prazos dos cursos interessantes, os documentos necessários e as bolsas.
Estudar no exterior possibilita conhecer pessoas de vários países diferentes
Algumas universidades requerem um pequeno projeto de pesquisa, para quem for fazer mestrado. Neste momento, é importante introduzir o seu tema e mostrar a viabilidade da pesquisa. Mostre que você consegue fazer o que está se propondo.
Envie o projeto para o departamento responsável e veja quem poderá ser seu orientador. Peça palpites e sugestões a ele, para mostrar interesse no departamento. Sempre procure as publicações do chefe do departamento e leia algumas. Provavelmente é ele que irá responder o seu e-mail depois que você enviar o projeto.
Nas agências de intercâmbio, este processo de pesquisa e contato com as universidades é feito pela empresa. “O estudante preenche uma ficha cadastral com o seu perfil acadêmico e financeiro. Nós fazemos uma pesquisa com as nossas universidades parceiras e devolvemos diversas opções de instituições, programas de bolsa e a lista de documentos necessários”, resume Fabiana Fernandes, diretora de produto da Central do Intercâmbio. Pelo trabalho de assessoria e pesquisa, a agência cobra US$ 200 (cerca de R$ 314).
Onde procurar cursos e universidades:
- Academic Ranking of World Universities - ranking de universidades
- The Good University Guides - guia de universidades
- Times Higher Education - ranking de universidades
- The Economist (guia de MBAs) - guia de MBAs
- Financial Times (ranking de MBAs) - guia de MBAs
2- Documentação
As universidades dos Estados Unidos exigem o Toefl, exame de proficiência em inglês. A taxa de inscrição para prestar a avaliação custa US$ 185 (cerca de R$ 290). No Reino Unido, é necessário prestar o Ielts – a inscrição custa R$ 440 e o exame é aplicado em 9 capitais (veja a lista).
Algumas universidades norte-americanas exigem exames de conhecimentos como o GMAT (Graduate Management Admission Test, exame para alunos de cursos da área de business), que custa US$ 250 (R$ 392) e é válido por cinco anos, e o GRE (teste de aptidão para pós-graduação para as demais áreas, que não o MBA), que custa US$ 190 (R$ 298) e também vale por cinco anos.
É preciso que um tradutor juramentado traduza todos os documentos solicitados. Os principais são: atestado de conclusão do curso ou diploma, histórico escolar, possíveis certificados acadêmicos, como iniciação científica e monitoria prestada na universidade.
Algumas instituições exigem que os documentos assinados (diploma e certificados) sejam reconhecidos por um cartório. Neste caso, o estudante precisa perguntar à universidade em qual cartório os assinantes têm firma reconhecida e realizar o processo.
Para algumas instituições pode ser necessário que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) valide os documentos acadêmicos. Neste caso, o estudante deve enviar (ou levar pessoalmente) os documentos a Brasília. É uma forma de o governo brasileiro dizer aos demais países que aquele documento é legítimo. O serviço é gratuito (leia mais no site do MRE).
Após o reconhecimento de firma e a validação do MRE é que os documentos devem ser traduzidos. A tradução juramentada é tabelada e custa R$ 36,90 a lauda (1 mil caracteres sem espaço) para documentos simples e R$ 51,20 a lauda para documentos mais complexos, como textos jurídicos. Muitas vezes o histórico escolar da graduação é considerado um documento complexo e sua tradução pode chegar a R$ 300.
“ Em média, os alunos aplicam para cinco universidades americanas e gastam até R$ 3 mil só com o processo seletivo”
Quem for se inscrever em mais de uma universidade, precisa de cópias dos documentos traduzidos. Neste caso, o tradutor cobrará 20% do valor da tradução do documento para cada cópia solicitada.
A maioria das universidades pede cartas de referências acadêmicas e profissionais. “Escolha um professor ou empregador que te conheça muito bem. Eles devem dar exemplos concretos dos seus feitos e habilidades”, indica Juliana Pasqual, orientadora do centro de orientação Education USA da Associação Alumni.
Se você tiver alguma publicação acadêmica, não hesite e envie junto com a sua aplicação.
3- Custos
Para fazer um curso no exterior é preciso ter uma reserva financeira para bancar os custos entrar na concorrência. Para os EUA, uma candidatura a uma vaga de pós-graduação custa em torno de R$ 800 – considerando uma avaliação do Toefl, R$ 400 gastos em tradução e a taxa média de US$ 100 (R$ 157) por inscrição.
“Em média, os alunos aplicam para cinco universidades e gastam até R$ 3 mil”, conta Juliana. A Education USA promove o programa Oportunidades Acadêmicas, do governo norte-americano, que banca os custos para estudantes de ótimo rendimento acadêmico e baixa renda.
Um curso de pós-graduação nos EUA ou MBA sem bolsa de estudos custa cerca de US$ 40 mil (R$ 62,8 mil) anuais, segundo estimativa da STB. Como a duração varia de um ano e meio a dois, o estudante terá que desembolsar pelo menos R$ 90 mil apenas com os estudos. Com alimentação e moradia, que variam bastante de uma cidade para a outra, estima-se um gasto de R$ 13 mil anuais.
“No Canadá os preços são mais acessíveis. O curso custa 12 mil dólares canadenses (R$ 19,9 mil) ao ano, e alimentação e hospedagem saem por 9 mil dólares canadenses (R$ 15 mil) anuais”, estima Bruno Seixas, gerente de educação superior da STB.
“ Um curso de pós-graduação nos EUA ou MBA sem bolsa de estudos custa US$ 40 mil (R$ 62,8 mil) por ano
Para Austrália e Inglaterra, a agência oferece parcerias com acomodação. Os custos anuais são de aproximadamente 25 mil dólares australianos (R$ 45 mil) e R$ 60 mil para a Inglaterra.
Algumas universidades oferecem programas de imersão no idioma local em parceria com as agências de intercâmbio. Nestes casos, o estudante viaja três meses antes para se ambientar com o idioma e a vida acadêmica.
Praticamente todas as instituições de ensino exigem o pagamento da anuidade (ou do semestre) do curso antes mesmo do aluno viajar. Por isso é preciso se planejar e ter uma reserva para arcar com os custos.
4- Bolsas
As bolsas de estudos, parciais e integrais, representam a melhor forma de acesso às universidades estrangeiras. Os estudantes podem procurar órgãos oficiais, como a Education USA e o British Council, consulados e as próprias universidades para se informar sobre os programas e as modalidades de auxílio financeiro concedidas a estrangeiros. Órgãos que promovem a educação de outros países prestam consultoria gratuita e ajudam os interessados a conseguir uma bolsa com seu perfil.
Leia também
Dilma quer conceder 75 mil bolsas de intercâmbio
Praticar esporte rende bolsa de estudo nos EUA
Como conseguir uma bolsa como atleta em universidade americana
Há bolsas de estudo que pagam até a passagem dos estudantes, além de acomodação, anuidade do curso e custos com alimentação, livros e materiais didáticos. No entanto, o benefício é concedido a alunos com potencial acadêmico brilhante e baixa renda.
Para quem não tem um rendimento acadêmico excepcional, nem condições financeiras de arcar com as anuidades dos cursos as agências de turismo indicam o programa norte-americano Idea, que concede bolsas de pós-graduação de 50% a 100% a estudantes estrangeiros. “As mais de 100 universidades participantes não são as ‘tops’, as mais bem conceituadas, como Harvard e MIT, mas oferecem ao aluno a vivência de estudar e morar fora”, diz Fabiana Fernandes, da Central de Intercâmbio.
Em algumas universidades é possível trabalhar no campus, o que ajuda o estudante a se manter nos EUA. Para concorrer ao programa Idea, a agência cobra US$ 2.319 (R$ 3.640) pelo processo de análise acadêmica. Caso o estudante não seja aprovado, o dinheiro é devolvido – exceto US$ 200 gastos com a inscrição e a tradução dos documentos.
Confira os sites de instituições que concedem ou ajudam brasileiros a conseguir bolsas de estudo:
- Fundação Estudar
- Instituto Ling – MBA
- Fundación Carolina
- Comissão Fulbright
- British Council
- Education USA
- Fundação Lemann
- Universia
Quem leva:
- Central de Intercâmbio
www.ci.com.br
(11) 3677-3600
- STB
www.stb.com.br
(11) 3038-1555
Foto: Thinkstock |
Marina Morena Costa, iG São Paulo
30/04/2011 06:27
Realizar uma especialização no exterior é um projeto que exige, antes dos estudos, bastante pesquisa e recursos financeiros. O ideal é planejar a experiência com pelo menos um ano de antecedência, pois os processos de inscrição e seleção podem demorar meses.
As universidades estrangeiras exigem exames de proficiência no idioma, cartas de recomendação, um texto pessoal e a descrição do projeto de pesquisa (exigido para cursos de mestrado de algumas universidades). Toda a documentação precisa ser redigida por um tradutor juramentado na língua do país da instituição.
Além das várias estapas burocráticas, os custos para fazer uma pós no exterior também assustam, embora existam várias oportunidades de bolsa para estudantes estrangeiros. Os interessados podem procurá-las sozinhos, entrando em contato diretamente com as universidades, ou procurar a assessoria de agências de intercâmbio educacional, como a STB e a Central de Intercâmbio, e órgãos oficiais como a Education USA e o British Council – instituições dos governos norte-americano e britânico, respectivamente.
Veja os principais passos para fazer uma pós no exterior:
1- Pesquise a universidade e o curso
O primeiro passo é escolher onde você quer estudar, o país, a instituição e o curso. Pesquise nos sites das universidades, mande e-mails pedindo mais informações sobre as formações e sobre as possibilidades de bolsa. Faça uma tabela com os prazos dos cursos interessantes, os documentos necessários e as bolsas.
Estudar no exterior possibilita conhecer pessoas de vários países diferentes
Algumas universidades requerem um pequeno projeto de pesquisa, para quem for fazer mestrado. Neste momento, é importante introduzir o seu tema e mostrar a viabilidade da pesquisa. Mostre que você consegue fazer o que está se propondo.
Envie o projeto para o departamento responsável e veja quem poderá ser seu orientador. Peça palpites e sugestões a ele, para mostrar interesse no departamento. Sempre procure as publicações do chefe do departamento e leia algumas. Provavelmente é ele que irá responder o seu e-mail depois que você enviar o projeto.
Nas agências de intercâmbio, este processo de pesquisa e contato com as universidades é feito pela empresa. “O estudante preenche uma ficha cadastral com o seu perfil acadêmico e financeiro. Nós fazemos uma pesquisa com as nossas universidades parceiras e devolvemos diversas opções de instituições, programas de bolsa e a lista de documentos necessários”, resume Fabiana Fernandes, diretora de produto da Central do Intercâmbio. Pelo trabalho de assessoria e pesquisa, a agência cobra US$ 200 (cerca de R$ 314).
Onde procurar cursos e universidades:
- Academic Ranking of World Universities - ranking de universidades
- The Good University Guides - guia de universidades
- Times Higher Education - ranking de universidades
- The Economist (guia de MBAs) - guia de MBAs
- Financial Times (ranking de MBAs) - guia de MBAs
2- Documentação
As universidades dos Estados Unidos exigem o Toefl, exame de proficiência em inglês. A taxa de inscrição para prestar a avaliação custa US$ 185 (cerca de R$ 290). No Reino Unido, é necessário prestar o Ielts – a inscrição custa R$ 440 e o exame é aplicado em 9 capitais (veja a lista).
Algumas universidades norte-americanas exigem exames de conhecimentos como o GMAT (Graduate Management Admission Test, exame para alunos de cursos da área de business), que custa US$ 250 (R$ 392) e é válido por cinco anos, e o GRE (teste de aptidão para pós-graduação para as demais áreas, que não o MBA), que custa US$ 190 (R$ 298) e também vale por cinco anos.
É preciso que um tradutor juramentado traduza todos os documentos solicitados. Os principais são: atestado de conclusão do curso ou diploma, histórico escolar, possíveis certificados acadêmicos, como iniciação científica e monitoria prestada na universidade.
Algumas instituições exigem que os documentos assinados (diploma e certificados) sejam reconhecidos por um cartório. Neste caso, o estudante precisa perguntar à universidade em qual cartório os assinantes têm firma reconhecida e realizar o processo.
Para algumas instituições pode ser necessário que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) valide os documentos acadêmicos. Neste caso, o estudante deve enviar (ou levar pessoalmente) os documentos a Brasília. É uma forma de o governo brasileiro dizer aos demais países que aquele documento é legítimo. O serviço é gratuito (leia mais no site do MRE).
Após o reconhecimento de firma e a validação do MRE é que os documentos devem ser traduzidos. A tradução juramentada é tabelada e custa R$ 36,90 a lauda (1 mil caracteres sem espaço) para documentos simples e R$ 51,20 a lauda para documentos mais complexos, como textos jurídicos. Muitas vezes o histórico escolar da graduação é considerado um documento complexo e sua tradução pode chegar a R$ 300.
“ Em média, os alunos aplicam para cinco universidades americanas e gastam até R$ 3 mil só com o processo seletivo”
Quem for se inscrever em mais de uma universidade, precisa de cópias dos documentos traduzidos. Neste caso, o tradutor cobrará 20% do valor da tradução do documento para cada cópia solicitada.
A maioria das universidades pede cartas de referências acadêmicas e profissionais. “Escolha um professor ou empregador que te conheça muito bem. Eles devem dar exemplos concretos dos seus feitos e habilidades”, indica Juliana Pasqual, orientadora do centro de orientação Education USA da Associação Alumni.
Se você tiver alguma publicação acadêmica, não hesite e envie junto com a sua aplicação.
3- Custos
Para fazer um curso no exterior é preciso ter uma reserva financeira para bancar os custos entrar na concorrência. Para os EUA, uma candidatura a uma vaga de pós-graduação custa em torno de R$ 800 – considerando uma avaliação do Toefl, R$ 400 gastos em tradução e a taxa média de US$ 100 (R$ 157) por inscrição.
“Em média, os alunos aplicam para cinco universidades e gastam até R$ 3 mil”, conta Juliana. A Education USA promove o programa Oportunidades Acadêmicas, do governo norte-americano, que banca os custos para estudantes de ótimo rendimento acadêmico e baixa renda.
Um curso de pós-graduação nos EUA ou MBA sem bolsa de estudos custa cerca de US$ 40 mil (R$ 62,8 mil) anuais, segundo estimativa da STB. Como a duração varia de um ano e meio a dois, o estudante terá que desembolsar pelo menos R$ 90 mil apenas com os estudos. Com alimentação e moradia, que variam bastante de uma cidade para a outra, estima-se um gasto de R$ 13 mil anuais.
“No Canadá os preços são mais acessíveis. O curso custa 12 mil dólares canadenses (R$ 19,9 mil) ao ano, e alimentação e hospedagem saem por 9 mil dólares canadenses (R$ 15 mil) anuais”, estima Bruno Seixas, gerente de educação superior da STB.
“ Um curso de pós-graduação nos EUA ou MBA sem bolsa de estudos custa US$ 40 mil (R$ 62,8 mil) por ano
Para Austrália e Inglaterra, a agência oferece parcerias com acomodação. Os custos anuais são de aproximadamente 25 mil dólares australianos (R$ 45 mil) e R$ 60 mil para a Inglaterra.
Algumas universidades oferecem programas de imersão no idioma local em parceria com as agências de intercâmbio. Nestes casos, o estudante viaja três meses antes para se ambientar com o idioma e a vida acadêmica.
Praticamente todas as instituições de ensino exigem o pagamento da anuidade (ou do semestre) do curso antes mesmo do aluno viajar. Por isso é preciso se planejar e ter uma reserva para arcar com os custos.
4- Bolsas
As bolsas de estudos, parciais e integrais, representam a melhor forma de acesso às universidades estrangeiras. Os estudantes podem procurar órgãos oficiais, como a Education USA e o British Council, consulados e as próprias universidades para se informar sobre os programas e as modalidades de auxílio financeiro concedidas a estrangeiros. Órgãos que promovem a educação de outros países prestam consultoria gratuita e ajudam os interessados a conseguir uma bolsa com seu perfil.
Leia também
Dilma quer conceder 75 mil bolsas de intercâmbio
Praticar esporte rende bolsa de estudo nos EUA
Como conseguir uma bolsa como atleta em universidade americana
Há bolsas de estudo que pagam até a passagem dos estudantes, além de acomodação, anuidade do curso e custos com alimentação, livros e materiais didáticos. No entanto, o benefício é concedido a alunos com potencial acadêmico brilhante e baixa renda.
Para quem não tem um rendimento acadêmico excepcional, nem condições financeiras de arcar com as anuidades dos cursos as agências de turismo indicam o programa norte-americano Idea, que concede bolsas de pós-graduação de 50% a 100% a estudantes estrangeiros. “As mais de 100 universidades participantes não são as ‘tops’, as mais bem conceituadas, como Harvard e MIT, mas oferecem ao aluno a vivência de estudar e morar fora”, diz Fabiana Fernandes, da Central de Intercâmbio.
Em algumas universidades é possível trabalhar no campus, o que ajuda o estudante a se manter nos EUA. Para concorrer ao programa Idea, a agência cobra US$ 2.319 (R$ 3.640) pelo processo de análise acadêmica. Caso o estudante não seja aprovado, o dinheiro é devolvido – exceto US$ 200 gastos com a inscrição e a tradução dos documentos.
Confira os sites de instituições que concedem ou ajudam brasileiros a conseguir bolsas de estudo:
- Fundação Estudar
- Instituto Ling – MBA
- Fundación Carolina
- Comissão Fulbright
- British Council
- Education USA
- Fundação Lemann
- Universia
Quem leva:
- Central de Intercâmbio
www.ci.com.br
(11) 3677-3600
- STB
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terça-feira, 26 de abril de 2011
Planning Your Next Trip to the US? Consider a Short Specialized English Course
Por Andreza Martins |
Do you speak... Legal English? Medical English? Business English? English for Science and Engineering? Have you ever attended a meeting in English where you would swear they were speaking Greek because you only understood every other word? It might be time to consider taking a specialized English course—one that will help you further develop your professional skills and make you a more valuable asset to your company.
EducationUSA in Brazil is prepared to help guide you in finding a course that would best fit your needs. EducationUSA is a global network of advising centers supported by the U.S. Department of State. Its mission is to promote U.S. higher education by offering accurate, comprehensive, impartial and timely information about education opportunities in the United States. Recently, Education USA, whose Rio is located on the campus of the Catholic University (PUC), has received a new influx of customers who want to take advantage of the favorable exchange rate and upcoming holidays to invest in their professional development. Unlike traditional students who look for degree programs, these are focused, oareer—0riented adults looking to brush up or hone their English skills to suit very specific purposes. There are terms, vocabulary, and jargon that are unique to many pI'Of€SSiOI13.i fields zmci many U.S universities haxie developed specialized courses to help language learners get a headstart in mastering these professional “dialects.” Take For instance professional Law jargon - also known as “legalese” - that is practically a language of its own. Legal English courses can vary in duration from four to ten weeks and will typically include: review oFU.S. legal system and trial procedures, legal vocabulary and writing, oral advocacy, and guest lectures by legal scholars and practicing attorneys. Courses like this are available in many different states such as New York, Delaware, California, and Florida among others and cost around US$3,000.00 depending on duration and location.
English for Business Communication is a popular course. In as little as three to four weeks, students can gain valuable knowledge and develop the skills and the confidence to communicate better with international clients anti partners. The focus here is on making presentations, negotiating, increasing business vocabulary and writing letters, proposals, reports and resumes. Topics usually include: U.S. Business Environment, marketing, finance, international trade, management, and human resources. The U.S. teaching style is very dynamic
and these programs may include expert guest speakers and corporate visits. At the University of Alabama, for example, participants typically visit Mercedes-Benz U.S. International headquarters located in Tuscaloosa County. All such courses include weekend cultural trips and activities, which make it fun to be a student again! There are many options regarding duration and location and costs will vary accordingly. Note that universities such as UC Irvine, UC Riverside and University of Alabama have developed special short courses for January and July to facilitate study during vacation periods.
A new type of English program was recently created to cater to those in fields related to Science and Engineering The University of California at Davis offers a unique program designed to make professionals more comfortable using English as :1 common language in the Sciences. ilhe program fosters interaction by mixing group and individual project work and visits. Students also visit laboratories ancl high~tech companies and are introduced to exciting hot topics in research and the latest applications. Participants ultimately improve their overall English language skills (i.e., listening, speaking, reading and writing) as well as the critical thinking and oral presentation skills they need to work as scientists, engineers and technical experts in a global marketplace. IF the specific kind of English training you need is not mentioned here you may try searching on www.intensiveenglishusaprg a web site that lists many such resources under English for Specific Purposes. You can also receive an individual consultation at the EducationUSA by contacting us by e-mail or phone to schedule an appointment. Other good news is that the U.S. Consulate has a visa facilitation program for student visa applicants to help ensure that they get their visas in time for their course of study.
English for Business Communication is a popular course. In as little as three to four weeks, students can gain valuable knowledge and develop the skills and the confidence to communicate better with international clients anti partners. The focus here is on making presentations, negotiating, increasing business vocabulary and writing letters, proposals, reports and resumes. Topics usually include: U.S. Business Environment, marketing, finance, international trade, management, and human resources. The U.S. teaching style is very dynamic
and these programs may include expert guest speakers and corporate visits. At the University of Alabama, for example, participants typically visit Mercedes-Benz U.S. International headquarters located in Tuscaloosa County. All such courses include weekend cultural trips and activities, which make it fun to be a student again! There are many options regarding duration and location and costs will vary accordingly. Note that universities such as UC Irvine, UC Riverside and University of Alabama have developed special short courses for January and July to facilitate study during vacation periods.
A new type of English program was recently created to cater to those in fields related to Science and Engineering The University of California at Davis offers a unique program designed to make professionals more comfortable using English as :1 common language in the Sciences. ilhe program fosters interaction by mixing group and individual project work and visits. Students also visit laboratories ancl high~tech companies and are introduced to exciting hot topics in research and the latest applications. Participants ultimately improve their overall English language skills (i.e., listening, speaking, reading and writing) as well as the critical thinking and oral presentation skills they need to work as scientists, engineers and technical experts in a global marketplace. IF the specific kind of English training you need is not mentioned here you may try searching on www.intensiveenglishusaprg a web site that lists many such resources under English for Specific Purposes. You can also receive an individual consultation at the EducationUSA by contacting us by e-mail or phone to schedule an appointment. Other good news is that the U.S. Consulate has a visa facilitation program for student visa applicants to help ensure that they get their visas in time for their course of study.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Oportunidade de bolsa para aprender inglês no IBEU-RJ
INSCRIÇÕES GRATUITAS: ALUNOS DA REDE PÚBLICA DO RIO
Que inglês é fundamental, todo mundo sabe. Mas, nem todos sabem que alunos da rede pública de ensino podem aprender inglês gratuitamente no Ibeu.
Fruto de uma parceria entre o Ibeu e a Embaixada dos Estados Unidos, o Programa Access tem o objetivo de proporcionar a alunos da rede pública do Rio de Janeiro a oportunidade de aprender Inglês, facilitando seu acesso à educação superior e/ou a uma melhor colocação no mercado de trabalho.
O IBEU oferecerá gratuitamente o Programa Access para 92 jovens da rede pública. Os alunos devem ter entre 14 e 18 anos, excelente rendimento escolar, e estarem no 9º ano do ensino fundamental ou ensino médio. Os alunos receberão os livros e ajuda de custo para passagens. As inscrições vão até 18 de março nas filiais Copacabana, Tijuca 1 e Botafogo.
As aulas têm duração de duas horas e acontecerão duas vezes por semana. Além disso, haverá mais um encontro de quatro horas, uma sexta-feira por mês. Já em julho de 2011 e 2012, o curso será intensivo, com encontros durante quatro dias, com cinco horas de duração.
Para se inscrever, o aluno que estiver dentro do perfil acima deverá comparecer no ato de inscrição levando os seguintes documentos:
• Uma foto 3×4;
• Comprovante de rendimentos do responsável;
• Boletim de 2010 e carta de recomendação da Diretora da escola que frequenta;
• Preencher a ficha de inscrição informando melhores dias e horários para as aulas e fazer uma redação;
• Comprometer-se a frequentar o curso durante os dois anos do Programa.
Para mais informações, o IBEU disponibiliza os telefones das filiais Copacabana (21) 2548-8430, Tijuca 1 (21) 2254-3133, Botafogo (21) 2552-8299, além de (21) 3816-9459 e 3816-9448.
quinta-feira, 10 de março de 2011
O melhor momento para estudar fora
Não deixe de ler a excelente reportagem que a IstoÉ publicou nesse mês. Andreza, nossa coordenadora nacional do EducationUSA, deu entrevista à IstoÉ sobre estudos nos Estados Unidos e falou também sobre o processo de candidatura.
HARVARD VERDE-AMARELA
Grupo de brasileiros na emblemática universidade americana. O paulistano
Henrique Flory (no fundo, o terceiro da esq. para a dir.) cursa pós em administração
pública. Mariana Simões (na frente, a terceira da esq. para a dir.), de Fortaleza,
faz mestrado em ciência e prática da prevenção
EFERVESCÊNCIA
Victor Bicalho se formou em matemática aplicada
e economia em Harvard. Na época em que
morava no campus, o colega Mark Zuckerberg criou o Facebook
“A moeda forte amplia os horizontes de quem busca o intercâmbio”, diz Samir Zaveri, coordenador da Feira de Intercâmbio e Cursos no Exterior. Hoje em dia, por exemplo, é comum uma família gastar mais para manter um filho estudando numa escola de primeiro time no Brasil do que no Exterior – especialmente se o curso for high school, equivalente ao ensino médio nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se investe alto aqui em escolas particulares, transporte, material didático e demais despesas, quem faz high school na América só paga passagem aérea e infraestrutura, pois escritórios especializados encontram colégio e casa para o estrangeiro e assumem a responsabilidade pela papelada necessária. Um ano nos Estados Unidos sai por US$ 7,5 mil, pouco mais de R$ 12,5 mil, fora o transporte aéreo.
Tal cenário fez o número de brasileiros que vão estudar fora subir 15% em um ano. Segundo dados da Feira de Intercâmbio e Cursos no Exterior, em 2010 foram 193 mil. E, em 2011, devemos romper a barreira dos 200 mil. O principal destino continua sendo os Estados Unidos, por conta da relevância do inglês e do número de parcerias firmadas entre instituições nacionais e americanas. De acordo com o relatório anual “Open Doors 2010”, 8.786 brasileiros estão matriculados lá em escolas de ensino superior, cursando graduação, pós ou inglês. O segundo principal destino é a França. O país europeu mantém 631 convênios com universidades brasileiras e recebeu 2,9 mil alunos nos níveis de graduação e pós só no ano passado. ISTOÉ fez um levantamento de tudo o que é necessário saber para aproveitar esse bom momento e programar uma temporada de estudos no Exterior – quanto custa, quando ir, melhores cursos e instituições e a alternativa das bolsas de estudo, entre outras orientações.
O caminho é trabalhoso e cansativo, mas profundamente recompensador. Que o diga o matemático mineiro Victor Bicalho, 27 anos. Ao terminar o ensino médio, ele deixou de lado os livros do vestibular para se candidatar a uma vaga em uma universidade americana, inspirado pelo pai médico, estudante de pós-graduação nos Estados Unidos, e pela lembrança de um curso livre de inglês que fez durante a adolescência na Inglaterra. Excelente aluno, determinado, não só conseguiu uma vaga em uma faculdade americana como alcançou o olimpo: entrou na lendária Harvard, uma das mais conceituadas instituições de ensino do mundo, onde permaneceu de 2002 a 2006. Hoje, formado em economia e matemática aplicada e trabalhando em um escritório de investimentos imobiliários em São Paulo, Bicalho tem a sensação de que a estada em terras estrangeiras o fez crescer como nunca. “Harvard é uma efervescência, lá as coisas acontecem”, diz o mineiro, que presenciou, por exemplo, o nascimento da rede de relacionamentos Facebook, pelas mãos do colega Mark Zuckerberg, em 2004.
MÃO NA MASSA
Marina Marques estagiou em
restaurantes italianos com estrelas no “Guia
Michelin”. Hoje trabalha com o premiado Alex Atala
Por mais que o real esteja valorizado, estudar no Exterior continua sendo um alto investimento. Por isso, é fundamental escolher muito bem o que fazer e para onde ir. O paulistano Henrique Flory, 42 anos, que faz mestrado em administração pública em Harvard, tem uma tese interessante. Para ele, na hora de decidir por um curso e por uma instituição é preciso avaliar os três “Cs”. Ou seja, quanto a experiência lhe trará em conhecimento, contatos e credibilidade. “Harvard oferece os três ‘Cs’” em profusão”, diz ele, entre uma aula e outra, no campus da universidade, em Cambridge, onde divide a mesma sala de aula com personagens relevantes do cenário mundial como Vasil Sikharulidze, ex-ministro da Defesa da Geórgia, e Violet Gonda, considerada a voz da resistência contra o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe.
O aluno que viaja para o Exterior para fazer um curso superior deve, no entanto, estar atento para a revalidação de seu diploma internacional. No caso específico do ensino médio (high school), ela é burocrática, porém garantida. Por essas e outras, fazer high school continua sendo uma excelente oportunidade para aprender outra língua e experimentar outra cultura. O paulistano Leonardo Pedro Perrelli Faria, 17 anos, escolheu a Inglaterra e passou dez meses do ano passado na cidade britânica de Worthing. Além do inglês impecável, conquistou autoconfiança e muitas amizades. “Nos feriados e nas férias, eu aproveitava para viajar”, diz ele, que visitou a França, Dinamarca, Suécia, Holanda, Bélgica, Alemanha, Escócia e as Ilhas Canárias. Quando voltou para o Brasil, Faria constatou que tinha melhorado muito em matérias que antes pouco lhe interessavam. “Em história, por exemplo, comecei a tirar nota oito e nove, coisa que nunca tinha acontecido”, diz. Segundo ele, o enfoque e o rigor britânico com a disciplina foram fundamentais para a mudança. “Pretendo cursar parte da faculdade de administração que vou fazer em uma instituição inglesa”, planeja o estudante, confirmando uma tendência apontada por especialistas: quem vai para o Exterior no ensino médio costuma voltar na época do ensino superior.
São histórias assim que empolgam outros brasileiros a arrumar as malas. A paulistana Letícia Gerola, 16 anos, está ansiosa para passar seis meses na Belleville High School, em Toronto, no Canadá. O embarque está previsto para o final de julho e ela deve começar os estudos já em agosto, início do ano letivo no Hemisfério Norte. A jovem será a primeira dos três irmãos da família Gerola a fazer intercâmbio. “Quero ganhar fluência no inglês e ter mais independência”, diz ela, que ficará em uma casa de família canadense. Os pais se dividem entre a felicidade de poder mandar a primogênita para uma experiência tão rica e a antecipação da saudade. “Se o dólar estivesse alto, não poderíamos bancar a viagem”, reconhece a fisioterapeuta Aparecida de Oliveira, que nunca passou mais de 15 dias distante da filha. Nos últimos cinco anos, o Canadá tem atraído cada vez mais estudantes do ensino médio porque, ao contrário dos EUA, permite que os intercambistas escolham em qual escola estudar e com qual família morar.
NOVOS RUMOS
O intercâmbio de Stephan Hardt duraria seis
meses. Ele ficou 18, se formou em administração
da engenharia e garantiu emprego
Outra modalidade que cresce é a graduação parcial, em que o aluno matriculado numa universidade brasileira passa uma temporada de estudos numa instituição estrangeira. Para isso, é bom que as escolas envolvidas tenham algum tipo de acordo – assim os créditos do estudante que viaja são com mais facilidade revalidados na volta. Geralmente, quando o brasileiro deixa sua vaga na universidade nacional em aberto, ela é preenchida por um estrangeiro – do mesmo curso e instituição. “É o que chamamos de intercâmbio real”, diz Anelise Hoffman, coordenadora do núcleo de intercâmbios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Nesse mercado há duas décadas, a especialista diz que o setor vive um boom desde 2001 e que ainda são poucas as universidades brasileiras com parcerias no Exterior. Mas quem vai não se arrepende. “Foi uma experiência que mudou os rumos da minha vida”, diz o engenheiro paranaense Stephan Hardt, 23 anos. Aos 20, quando fazia engenharia de produção na PUC do Paraná, ele se candidatou a uma vaga para intercâmbio na Universidade St. Mary, em San Antonio, no Texas (EUA). A ideia inicial, de passar seis meses, logo virou uma estada de um ano e meio e garantiu a Hardt o diploma internacional de administração da engenharia, reconhecido no Brasil. Ainda lá, atento às oportunidades, ele garantiu um estágio e posteriormente um emprego na Brenntag, líder mundial em distribuição de derivados químicos. “Tive que trancar a PUC-PR, mas, com o tempo, volto ao Brasil e concluo o curso de engenharia de produção.” Com isso, o paranaense terá dois diplomas, especialização reconhecida em duas áreas e liberdade para escolher se quer continuar trabalhando nos EUA ou voltar para o Brasil.
CRESCIMENTO
Em dez meses de high school na Inglaterra,
Leonardo Faria aperfeiçoou o inglês e conheceu oito países
Mas não são necessárias mudanças tão radicais para desfrutar de uma transformadora experiência estrangeira. Para quem não quer – ou não pode – programar viagens longas, a melhor opção são os cursos livres. Eles são mais despretensiosos, não envolvem esquema burocrático de matrícula nem disputa acirrada por vagas. E, melhor: há sempre uma oportunidade para todas as faixas etárias, níveis acadêmicos e gostos. “O mais popular continua sendo o de idiomas”, explica Samuel Lloyd, coordenador do Student Travel Bureau, uma das maiores organizações internacionais de viagens educacionais. “Mas é possível combinar o país que se quer com o que se pretende estudar”, diz. Em 2010, a cozinheira paulistana Marina Marques, 23 anos, passou seis meses na Itália fazendo gastronomia. “Os quatro meses de prática foram sensacionais”, lembra ela, que trabalhou em dois restaurantes, ambos com estrelas no “Guia Michelin”, o mais rigoroso do mundo. “Esse é o tipo de experiência que faz a diferença na hora de procurar um emprego”, reconhece. Pela empreitada internacional, Marina desembolsou 8,6 mil euros (R$ 19,6 mil). Valeu a pena. Hoje ela trabalha no Dalva e Dito, restaurante do brasileiro Alex Atala, um dos 20 chefs mais influentes do mundo, que também está à frente do badalado D.O.M., em São Paulo.
EXCELÊNCIA
Alunos do MBA da Universidade Columbia, Leão Carvalho e Everton Silva
passaram por disputada peneira para chegar aonde estão
As oportunidades são tantas e tão boas que é possível viajar e trabalhar – uma maneira de viver a experiência do intercâmbio, aprender uma língua e experimentar uma atividade, sem estourar o orçamento. Em 2009, a psicóloga carioca Andréa Carolina Lima, 23 anos, foi contratada por três meses pela Disney, em Orlando, na Flórida. Lá ela atuou como uma espécie de faz-tudo, realizando tarefas que iam da faxina a guia de turismo, trabalho pelo qual recebia cerca de US$ 200 (R$ 332) semanais. Com o dinheiro, bancou as próprias despesas e ainda conseguiu fazer uma viagem de uma semana para Nova York, antes de voltar para o Brasil. “Morava com outras seis meninas e conheci gente do mundo todo”, lembra ela, que, antes de começar a desempenhar suas funções, fez um curso de imersão na cultura da Disney, uma das empresas de entretenimento mais bem-sucedidas do mundo, que contrata dezenas de estudantes brasileiros anualmente.
Se estudar fora ainda parece difícil – é preciso desembolsar mais de US$ 20 mil (R$ 33,2 mil) para um ano de curso superior nos Estados Unidos, por exemplo –, há muitas oportunidades de bolsas de estudo em escolas de excelência acadêmica, que são oferecidas pelas próprias instituições de ensino nos Estados Unidos e na Europa e por fundações no Brasil e no Exterior. “Se o aluno estrangeiro tiver as credenciais exigidas, é possível estudar em uma universidade da Ivy League (liga das oito universidades americanas de maior prestígio científico), sem colocar a mão no bolso”, diz Andreza Martins, da EducationUSA, escritório do governo americano no Brasil para assuntos de educação. A estudante Mariana Simões, 27 anos, entrou em Harvard graças a uma bolsa da Fundação Lemann e outra da própria universidade. “Estudar aqui era o sonho da minha vida”, diz ela. Para chegar lá, foi preciso foco. Mariana prestou as melhores faculdades do País – é formada em psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) –, fez iniciação científica, participou de projetos de pesquisa, foi a congressos, realizou trabalhos voluntários e manteve alto nível acadêmico. Tudo para pavimentar a estrada rumo a Cambridge.
EXPERIÊNCIA
Andréa Lima trabalhou de faxineira a guia
em seu estágio remunerado na Disney.
Gostou tanto que quer voltar
Também há empresas que bancam o curso de seus funcionários. O administrador André Pedriali, 27 anos, faz MBA na Universidade Columbia, em Nova York, há pouco mais de um ano, com o patrocínio da instituição financeira em que trabalha. “Desde que cheguei, já acompanhei palestras do ex-presidente Bill Clinton, do investidor Warren Buffett e do dono da Microsoft, Bill Gates”, conta Pedriali. Aulas de logística com profissionais do alto escalão de empresas como Walmart, Microsoft e Saks Fifth Avenue também são comuns. “Você circula pelos corredores e esbarra com autoridades internacionais das mais variadas áreas”, diz Everton Silva, outro aluno do MBA da Columbia. “E, além de tudo, temos a vantagem de estar em Nova York, onde tudo acontece antes”, lembra Leão Roberto Carvalho, 27 anos. Pago, subsidiado ou remunerado, o intercâmbio vale a pena. Com a influência brasileira em ascensão no mundo, novas parcerias surgem com rapidez e destinos inusitados passam a figurar entre as opções de quem busca uma experiência internacional. Organizar uma viagem desse porte é trabalhoso, mas as recompensas são incalculáveis. Já escolheu o seu destino?
Mais de 200 mil brasileiros de todas as idades devem deixar o País em busca de educação em escolas estrangeiras este ano. Com o real forte, o caminho está aberto para aspirações de todos os gostos e bolsos
Claudia Jordão e João LoesHARVARD VERDE-AMARELA
Grupo de brasileiros na emblemática universidade americana. O paulistano
Henrique Flory (no fundo, o terceiro da esq. para a dir.) cursa pós em administração
pública. Mariana Simões (na frente, a terceira da esq. para a dir.), de Fortaleza,
faz mestrado em ciência e prática da prevenção
Passar uma temporada de estudos no Exterior é o sonho dourado de muitos brasileiros. Independentemente da faixa etária e das aspirações envolvidas. Pais acalentam proporcionar aos filhos adolescentes a oportunidade de cursar parte do ensino médio fora, vivenciando outra cultura e afiando uma segunda língua para o cada vez mais concorrido mercado de trabalho. Jovens recém-chegados à maioridade mergulham em testes, formulários e seleções disputadíssimas para obter a chance de se sentar nos bancos de universidades centenárias. Profissionais estabelecidos dão uma pausa na rotina para aprimorar o currículo em pós-graduações ou MBAs. E pessoas de todas as idades se deliciam com o cardápio de cursos livres que salpicam pelo mundo, numa democracia de datas, durações e temas. Os anseios são muitos, mas, até há pouco tempo, só alguns privilegiados conseguiam realizá-los. Pois bem, isso mudou. Estudar no Exterior deixou o terreno da fantasia distante e passou a ser a doce realidade de muitas pessoas, graças ao real fortalecido em relação às outras moedas, principalmente ao dólar.
EFERVESCÊNCIA
Victor Bicalho se formou em matemática aplicada
e economia em Harvard. Na época em que
morava no campus, o colega Mark Zuckerberg criou o Facebook
“A moeda forte amplia os horizontes de quem busca o intercâmbio”, diz Samir Zaveri, coordenador da Feira de Intercâmbio e Cursos no Exterior. Hoje em dia, por exemplo, é comum uma família gastar mais para manter um filho estudando numa escola de primeiro time no Brasil do que no Exterior – especialmente se o curso for high school, equivalente ao ensino médio nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se investe alto aqui em escolas particulares, transporte, material didático e demais despesas, quem faz high school na América só paga passagem aérea e infraestrutura, pois escritórios especializados encontram colégio e casa para o estrangeiro e assumem a responsabilidade pela papelada necessária. Um ano nos Estados Unidos sai por US$ 7,5 mil, pouco mais de R$ 12,5 mil, fora o transporte aéreo.
Tal cenário fez o número de brasileiros que vão estudar fora subir 15% em um ano. Segundo dados da Feira de Intercâmbio e Cursos no Exterior, em 2010 foram 193 mil. E, em 2011, devemos romper a barreira dos 200 mil. O principal destino continua sendo os Estados Unidos, por conta da relevância do inglês e do número de parcerias firmadas entre instituições nacionais e americanas. De acordo com o relatório anual “Open Doors 2010”, 8.786 brasileiros estão matriculados lá em escolas de ensino superior, cursando graduação, pós ou inglês. O segundo principal destino é a França. O país europeu mantém 631 convênios com universidades brasileiras e recebeu 2,9 mil alunos nos níveis de graduação e pós só no ano passado. ISTOÉ fez um levantamento de tudo o que é necessário saber para aproveitar esse bom momento e programar uma temporada de estudos no Exterior – quanto custa, quando ir, melhores cursos e instituições e a alternativa das bolsas de estudo, entre outras orientações.
DE MALAS PRONTAS
Letícia Gerola vai fazer seis meses
de high school no Canadá
Letícia Gerola vai fazer seis meses
de high school no Canadá
O caminho é trabalhoso e cansativo, mas profundamente recompensador. Que o diga o matemático mineiro Victor Bicalho, 27 anos. Ao terminar o ensino médio, ele deixou de lado os livros do vestibular para se candidatar a uma vaga em uma universidade americana, inspirado pelo pai médico, estudante de pós-graduação nos Estados Unidos, e pela lembrança de um curso livre de inglês que fez durante a adolescência na Inglaterra. Excelente aluno, determinado, não só conseguiu uma vaga em uma faculdade americana como alcançou o olimpo: entrou na lendária Harvard, uma das mais conceituadas instituições de ensino do mundo, onde permaneceu de 2002 a 2006. Hoje, formado em economia e matemática aplicada e trabalhando em um escritório de investimentos imobiliários em São Paulo, Bicalho tem a sensação de que a estada em terras estrangeiras o fez crescer como nunca. “Harvard é uma efervescência, lá as coisas acontecem”, diz o mineiro, que presenciou, por exemplo, o nascimento da rede de relacionamentos Facebook, pelas mãos do colega Mark Zuckerberg, em 2004.
MÃO NA MASSA
Marina Marques estagiou em
restaurantes italianos com estrelas no “Guia
Michelin”. Hoje trabalha com o premiado Alex Atala
Por mais que o real esteja valorizado, estudar no Exterior continua sendo um alto investimento. Por isso, é fundamental escolher muito bem o que fazer e para onde ir. O paulistano Henrique Flory, 42 anos, que faz mestrado em administração pública em Harvard, tem uma tese interessante. Para ele, na hora de decidir por um curso e por uma instituição é preciso avaliar os três “Cs”. Ou seja, quanto a experiência lhe trará em conhecimento, contatos e credibilidade. “Harvard oferece os três ‘Cs’” em profusão”, diz ele, entre uma aula e outra, no campus da universidade, em Cambridge, onde divide a mesma sala de aula com personagens relevantes do cenário mundial como Vasil Sikharulidze, ex-ministro da Defesa da Geórgia, e Violet Gonda, considerada a voz da resistência contra o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe.
O aluno que viaja para o Exterior para fazer um curso superior deve, no entanto, estar atento para a revalidação de seu diploma internacional. No caso específico do ensino médio (high school), ela é burocrática, porém garantida. Por essas e outras, fazer high school continua sendo uma excelente oportunidade para aprender outra língua e experimentar outra cultura. O paulistano Leonardo Pedro Perrelli Faria, 17 anos, escolheu a Inglaterra e passou dez meses do ano passado na cidade britânica de Worthing. Além do inglês impecável, conquistou autoconfiança e muitas amizades. “Nos feriados e nas férias, eu aproveitava para viajar”, diz ele, que visitou a França, Dinamarca, Suécia, Holanda, Bélgica, Alemanha, Escócia e as Ilhas Canárias. Quando voltou para o Brasil, Faria constatou que tinha melhorado muito em matérias que antes pouco lhe interessavam. “Em história, por exemplo, comecei a tirar nota oito e nove, coisa que nunca tinha acontecido”, diz. Segundo ele, o enfoque e o rigor britânico com a disciplina foram fundamentais para a mudança. “Pretendo cursar parte da faculdade de administração que vou fazer em uma instituição inglesa”, planeja o estudante, confirmando uma tendência apontada por especialistas: quem vai para o Exterior no ensino médio costuma voltar na época do ensino superior.
São histórias assim que empolgam outros brasileiros a arrumar as malas. A paulistana Letícia Gerola, 16 anos, está ansiosa para passar seis meses na Belleville High School, em Toronto, no Canadá. O embarque está previsto para o final de julho e ela deve começar os estudos já em agosto, início do ano letivo no Hemisfério Norte. A jovem será a primeira dos três irmãos da família Gerola a fazer intercâmbio. “Quero ganhar fluência no inglês e ter mais independência”, diz ela, que ficará em uma casa de família canadense. Os pais se dividem entre a felicidade de poder mandar a primogênita para uma experiência tão rica e a antecipação da saudade. “Se o dólar estivesse alto, não poderíamos bancar a viagem”, reconhece a fisioterapeuta Aparecida de Oliveira, que nunca passou mais de 15 dias distante da filha. Nos últimos cinco anos, o Canadá tem atraído cada vez mais estudantes do ensino médio porque, ao contrário dos EUA, permite que os intercambistas escolham em qual escola estudar e com qual família morar.
NOVOS RUMOS
O intercâmbio de Stephan Hardt duraria seis
meses. Ele ficou 18, se formou em administração
da engenharia e garantiu emprego
Outra modalidade que cresce é a graduação parcial, em que o aluno matriculado numa universidade brasileira passa uma temporada de estudos numa instituição estrangeira. Para isso, é bom que as escolas envolvidas tenham algum tipo de acordo – assim os créditos do estudante que viaja são com mais facilidade revalidados na volta. Geralmente, quando o brasileiro deixa sua vaga na universidade nacional em aberto, ela é preenchida por um estrangeiro – do mesmo curso e instituição. “É o que chamamos de intercâmbio real”, diz Anelise Hoffman, coordenadora do núcleo de intercâmbios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Nesse mercado há duas décadas, a especialista diz que o setor vive um boom desde 2001 e que ainda são poucas as universidades brasileiras com parcerias no Exterior. Mas quem vai não se arrepende. “Foi uma experiência que mudou os rumos da minha vida”, diz o engenheiro paranaense Stephan Hardt, 23 anos. Aos 20, quando fazia engenharia de produção na PUC do Paraná, ele se candidatou a uma vaga para intercâmbio na Universidade St. Mary, em San Antonio, no Texas (EUA). A ideia inicial, de passar seis meses, logo virou uma estada de um ano e meio e garantiu a Hardt o diploma internacional de administração da engenharia, reconhecido no Brasil. Ainda lá, atento às oportunidades, ele garantiu um estágio e posteriormente um emprego na Brenntag, líder mundial em distribuição de derivados químicos. “Tive que trancar a PUC-PR, mas, com o tempo, volto ao Brasil e concluo o curso de engenharia de produção.” Com isso, o paranaense terá dois diplomas, especialização reconhecida em duas áreas e liberdade para escolher se quer continuar trabalhando nos EUA ou voltar para o Brasil.
CRESCIMENTO
Em dez meses de high school na Inglaterra,
Leonardo Faria aperfeiçoou o inglês e conheceu oito países
Mas não são necessárias mudanças tão radicais para desfrutar de uma transformadora experiência estrangeira. Para quem não quer – ou não pode – programar viagens longas, a melhor opção são os cursos livres. Eles são mais despretensiosos, não envolvem esquema burocrático de matrícula nem disputa acirrada por vagas. E, melhor: há sempre uma oportunidade para todas as faixas etárias, níveis acadêmicos e gostos. “O mais popular continua sendo o de idiomas”, explica Samuel Lloyd, coordenador do Student Travel Bureau, uma das maiores organizações internacionais de viagens educacionais. “Mas é possível combinar o país que se quer com o que se pretende estudar”, diz. Em 2010, a cozinheira paulistana Marina Marques, 23 anos, passou seis meses na Itália fazendo gastronomia. “Os quatro meses de prática foram sensacionais”, lembra ela, que trabalhou em dois restaurantes, ambos com estrelas no “Guia Michelin”, o mais rigoroso do mundo. “Esse é o tipo de experiência que faz a diferença na hora de procurar um emprego”, reconhece. Pela empreitada internacional, Marina desembolsou 8,6 mil euros (R$ 19,6 mil). Valeu a pena. Hoje ela trabalha no Dalva e Dito, restaurante do brasileiro Alex Atala, um dos 20 chefs mais influentes do mundo, que também está à frente do badalado D.O.M., em São Paulo.
EXCELÊNCIA
Alunos do MBA da Universidade Columbia, Leão Carvalho e Everton Silva
passaram por disputada peneira para chegar aonde estão
As oportunidades são tantas e tão boas que é possível viajar e trabalhar – uma maneira de viver a experiência do intercâmbio, aprender uma língua e experimentar uma atividade, sem estourar o orçamento. Em 2009, a psicóloga carioca Andréa Carolina Lima, 23 anos, foi contratada por três meses pela Disney, em Orlando, na Flórida. Lá ela atuou como uma espécie de faz-tudo, realizando tarefas que iam da faxina a guia de turismo, trabalho pelo qual recebia cerca de US$ 200 (R$ 332) semanais. Com o dinheiro, bancou as próprias despesas e ainda conseguiu fazer uma viagem de uma semana para Nova York, antes de voltar para o Brasil. “Morava com outras seis meninas e conheci gente do mundo todo”, lembra ela, que, antes de começar a desempenhar suas funções, fez um curso de imersão na cultura da Disney, uma das empresas de entretenimento mais bem-sucedidas do mundo, que contrata dezenas de estudantes brasileiros anualmente.
Se estudar fora ainda parece difícil – é preciso desembolsar mais de US$ 20 mil (R$ 33,2 mil) para um ano de curso superior nos Estados Unidos, por exemplo –, há muitas oportunidades de bolsas de estudo em escolas de excelência acadêmica, que são oferecidas pelas próprias instituições de ensino nos Estados Unidos e na Europa e por fundações no Brasil e no Exterior. “Se o aluno estrangeiro tiver as credenciais exigidas, é possível estudar em uma universidade da Ivy League (liga das oito universidades americanas de maior prestígio científico), sem colocar a mão no bolso”, diz Andreza Martins, da EducationUSA, escritório do governo americano no Brasil para assuntos de educação. A estudante Mariana Simões, 27 anos, entrou em Harvard graças a uma bolsa da Fundação Lemann e outra da própria universidade. “Estudar aqui era o sonho da minha vida”, diz ela. Para chegar lá, foi preciso foco. Mariana prestou as melhores faculdades do País – é formada em psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) –, fez iniciação científica, participou de projetos de pesquisa, foi a congressos, realizou trabalhos voluntários e manteve alto nível acadêmico. Tudo para pavimentar a estrada rumo a Cambridge.
EXPERIÊNCIA
Andréa Lima trabalhou de faxineira a guia
em seu estágio remunerado na Disney.
Gostou tanto que quer voltar
Também há empresas que bancam o curso de seus funcionários. O administrador André Pedriali, 27 anos, faz MBA na Universidade Columbia, em Nova York, há pouco mais de um ano, com o patrocínio da instituição financeira em que trabalha. “Desde que cheguei, já acompanhei palestras do ex-presidente Bill Clinton, do investidor Warren Buffett e do dono da Microsoft, Bill Gates”, conta Pedriali. Aulas de logística com profissionais do alto escalão de empresas como Walmart, Microsoft e Saks Fifth Avenue também são comuns. “Você circula pelos corredores e esbarra com autoridades internacionais das mais variadas áreas”, diz Everton Silva, outro aluno do MBA da Columbia. “E, além de tudo, temos a vantagem de estar em Nova York, onde tudo acontece antes”, lembra Leão Roberto Carvalho, 27 anos. Pago, subsidiado ou remunerado, o intercâmbio vale a pena. Com a influência brasileira em ascensão no mundo, novas parcerias surgem com rapidez e destinos inusitados passam a figurar entre as opções de quem busca uma experiência internacional. Organizar uma viagem desse porte é trabalhoso, mas as recompensas são incalculáveis. Já escolheu o seu destino?
Retirado de Istoe.com.br
Praticar esporte rende bolsa de estudo nos EUA
Talento e muito treino proporcionam a atletas brasileiros oportunidade de cursar uma graduação em universidades norte-americanas.
Estudar e praticar – a sério – um esporte nem sempre são tarefas simples de conciliar. Nos Estados Unidos, no entanto, é uma rotina comum e incentivada por faculdades, que dão bolsas para atletas com boas notas frequentarem suas instituições e competirem por elas nas ligas esportivas acadêmicas daquele país. A boa notícia é que elas podem ser distribuídas para alunos estrangeiros, e atletas amadores brasileiros estão aproveitando seus talentos e anos de treino para conseguir uma vaga em curso superior nos EUA.
A jovem de 19 anos Paula Maraschin Furtado Martins, de Niterói, no Rio de Janeiro, joga vôlei pela Northern State University, no estado de Dacota do Sul, desde julho do ano passado. Por integrar o time da instituição, recebe uma bolsa de 100% para cursar relações internacionais.
A estudante e atleta se interessou pela possibilidade de estudar no exterior e pagar pela faculdade praticando o esporte que gosta porque algumas jogadoras do mesmo clube onde Paula atuava até embarcar para os EUA, o Niterói Volei Clube, tinham feito o mesmo em anos anteriores e contavam que era uma experiência vantajosa. Os técnicos também incentivavam a prática.
“Vale muito a pena. O que eu mais gosto é o fato de estar em um lugar com uma cultura totalmente diferente, pessoas novas, aprendendo uma outra língua e, além de tudo, jogando vôlei”, conta.
Para se candidatar ao benefício é preciso praticar um esporte em nível competitivo, mas não profissional. O atleta não pode ter recebido para jogar, pela regra das universidades americanas. “Eles consideram que dar uma bolsa a um profissional é uma covardia com o atleta amador”, explica Gilberto Junior, que passou por duas faculdades jogando futebol entre 2005 e 2008.
Antes de embarcar, o carioca agora com 30 anos e funcionário da área de suprimentos de uma empresa que desenvolve projetos de engenharia para a Petrobras, era integrante das categorias de base do clube América, do Rio. “Tive sorte de não ter chegado a ser profissional por aqui. Assim, o futebol me deu a melhor coisa que fiz na minha vida”, avalia o agora ex-jogador.
Além das práticas esportivas, há exigências acadêmicas para obter bolsas de graduação nos EUA. A principal delas é ter terminado o ensino médio com boas notas. Thaïs Burmeister Pires, gerente do Centro de Orientação EducationUSA-Alumni, explica que as universidades convidam alunos que sejam bons na quadra e na sala de aula. “Quanto melhor aluno e atleta o jovem for, mais chances terá de conseguir bolsas maiores em instituições melhores”, explica a representante no Brasil da rede global afiliada à seção de Educação e Cultura do Departamento de Estado dos EUA.
Os técnicos esportivos de faculdades norte-americanas têm um orçamento para bolsas à disposição e podem distribuí-las da maneira que considerarem pertinente
Fluência na língua não é obrigatória
A fluência na língua inglesa é outro aspecto importante na disputa por vagas, mas a falta dela não chega a ser um impeditivo para que um bom atleta possa defender um time de instituição de ensino. Em muitas universidades, é exigido do aluno o teste de proficiência em inglês Toefl e um exame de matemática e inglês cobrado para ingressar em curso superior, o SAT. Mas algumas faculdades menores e menos rígidas aceitam que alunos com pouca habilidade com a língua cursem cadeiras de inglês e de disciplinas em que a conversação não é tão importante para o aprendizado nos primeiros semestres. “Eu não falava nada”, conta Gilberto, que ficou um ano estudando só inglês, educação física e espanhol até conseguir passar no Toefl e começar o curso de graduação para valer.
Experiência não é para tornar atleta profissional
“Se o objetivo do atleta é se tornar profissional, pode desistir de estudar nos EUA”, aconselha Thiago Caffaro, de 25 anos, que frequentou por três anos e meio a New Jersey Institute of Technology, em Nova Jersey, e concluiu o curso de administração em Madri, também com ajuda proporcionada pela performance no futebol. “Só decidi tentar a bolsa quando percebi que não seria profissional”, conta o jovem que treinava no clube São Paulo durante a infância e adolescência.
A grande maioria dos estudantes que cursam uma graduação com bolsa de atleta colhe frutos da experiência na área de estudo, não no esporte. A rotina de treinos durante a faculdade é intensa, mas também é preciso estudar muito, superar a barreira da língua, se adaptar a uma cultura diferente. O foco é na formação completa dos alunos e não prepará-los para serem atletas profissionais. É o que aconteceu com Thiago, que retornou ao Brasil em 2007 e hoje trabalha em uma consultoria. Depois de formado, ele participou de 13 seleções de empresas para trainee e foi aprovado em todas. “A graduação nos EUA com certeza é um diferencial para o mercado de trabalho”, diz.
Estudar e praticar – a sério – um esporte nem sempre são tarefas simples de conciliar. Nos Estados Unidos, no entanto, é uma rotina comum e incentivada por faculdades, que dão bolsas para atletas com boas notas frequentarem suas instituições e competirem por elas nas ligas esportivas acadêmicas daquele país. A boa notícia é que elas podem ser distribuídas para alunos estrangeiros, e atletas amadores brasileiros estão aproveitando seus talentos e anos de treino para conseguir uma vaga em curso superior nos EUA.
A jovem de 19 anos Paula Maraschin Furtado Martins, de Niterói, no Rio de Janeiro, joga vôlei pela Northern State University, no estado de Dacota do Sul, desde julho do ano passado. Por integrar o time da instituição, recebe uma bolsa de 100% para cursar relações internacionais.
A estudante e atleta se interessou pela possibilidade de estudar no exterior e pagar pela faculdade praticando o esporte que gosta porque algumas jogadoras do mesmo clube onde Paula atuava até embarcar para os EUA, o Niterói Volei Clube, tinham feito o mesmo em anos anteriores e contavam que era uma experiência vantajosa. Os técnicos também incentivavam a prática.
“Vale muito a pena. O que eu mais gosto é o fato de estar em um lugar com uma cultura totalmente diferente, pessoas novas, aprendendo uma outra língua e, além de tudo, jogando vôlei”, conta.
Para se candidatar ao benefício é preciso praticar um esporte em nível competitivo, mas não profissional. O atleta não pode ter recebido para jogar, pela regra das universidades americanas. “Eles consideram que dar uma bolsa a um profissional é uma covardia com o atleta amador”, explica Gilberto Junior, que passou por duas faculdades jogando futebol entre 2005 e 2008.
Antes de embarcar, o carioca agora com 30 anos e funcionário da área de suprimentos de uma empresa que desenvolve projetos de engenharia para a Petrobras, era integrante das categorias de base do clube América, do Rio. “Tive sorte de não ter chegado a ser profissional por aqui. Assim, o futebol me deu a melhor coisa que fiz na minha vida”, avalia o agora ex-jogador.
Além das práticas esportivas, há exigências acadêmicas para obter bolsas de graduação nos EUA. A principal delas é ter terminado o ensino médio com boas notas. Thaïs Burmeister Pires, gerente do Centro de Orientação EducationUSA-Alumni, explica que as universidades convidam alunos que sejam bons na quadra e na sala de aula. “Quanto melhor aluno e atleta o jovem for, mais chances terá de conseguir bolsas maiores em instituições melhores”, explica a representante no Brasil da rede global afiliada à seção de Educação e Cultura do Departamento de Estado dos EUA.
Os técnicos esportivos de faculdades norte-americanas têm um orçamento para bolsas à disposição e podem distribuí-las da maneira que considerarem pertinente
Fluência na língua não é obrigatória
A fluência na língua inglesa é outro aspecto importante na disputa por vagas, mas a falta dela não chega a ser um impeditivo para que um bom atleta possa defender um time de instituição de ensino. Em muitas universidades, é exigido do aluno o teste de proficiência em inglês Toefl e um exame de matemática e inglês cobrado para ingressar em curso superior, o SAT. Mas algumas faculdades menores e menos rígidas aceitam que alunos com pouca habilidade com a língua cursem cadeiras de inglês e de disciplinas em que a conversação não é tão importante para o aprendizado nos primeiros semestres. “Eu não falava nada”, conta Gilberto, que ficou um ano estudando só inglês, educação física e espanhol até conseguir passar no Toefl e começar o curso de graduação para valer.
Experiência não é para tornar atleta profissional
“Se o objetivo do atleta é se tornar profissional, pode desistir de estudar nos EUA”, aconselha Thiago Caffaro, de 25 anos, que frequentou por três anos e meio a New Jersey Institute of Technology, em Nova Jersey, e concluiu o curso de administração em Madri, também com ajuda proporcionada pela performance no futebol. “Só decidi tentar a bolsa quando percebi que não seria profissional”, conta o jovem que treinava no clube São Paulo durante a infância e adolescência.
A grande maioria dos estudantes que cursam uma graduação com bolsa de atleta colhe frutos da experiência na área de estudo, não no esporte. A rotina de treinos durante a faculdade é intensa, mas também é preciso estudar muito, superar a barreira da língua, se adaptar a uma cultura diferente. O foco é na formação completa dos alunos e não prepará-los para serem atletas profissionais. É o que aconteceu com Thiago, que retornou ao Brasil em 2007 e hoje trabalha em uma consultoria. Depois de formado, ele participou de 13 seleções de empresas para trainee e foi aprovado em todas. “A graduação nos EUA com certeza é um diferencial para o mercado de trabalho”, diz.
Retirado de ultimosegundo.ig.com.br/educacao
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